Em jogo disputado, Corinthians elimina São Paulo e decide Paulistão |
Tornou-se
comum para o corintiano ver seu time ganhar do São Paulo. A última vez que
aconteceu o inverso, no Paulistão, fora em 2000, quando o rival passou à
decisão, eliminando o Corinthians. De lá para cá, é praticamente dever do alvinegro ganhar do São Paulo.
O
Timão empatou com o Tricolor, por 1 a 1, e avançou para a decisão do Campeonato
Paulista. Jô, que em cinco clássicos marcou cinco gols, abriu o placar na
Arena, nos acréscimos da primeira etapa, após cobrança de falta de Jadson, que
o achou livrinho da silva, na área.
Amigo
torcedor, finalista do estadual, os idiotas da objetividade, contaminados pelo
óbvio ululante, afirmavam que o Timão era a quarta força do Estado. Eis, bando
de louco, que o inverso aconteceu: a quarta força está na decisão. “O Corinthians não é favorito”, diz
Rodriguinho, após o jogo.
Exato.
Não há por que colocar-se como favorito, pois a Macaca eliminou Santos e Palmeiras,
ambos considerados as grandes equipes de São Paulo. Agora, o revés será tenso,
típico confronto de xadrez.
Depois
de 38 anos, o alvinegro enfrenta a Ponte Preta, na decisão do Estadual. Mas o
torcedor saudosista, certamente, lembrará da épica decisão de 77, que tirara o
Corinthians da seca de títulos que estava instalada no Parque São Jorge desde
1954.
Sobre
a semifinal: Corintiano gosta de jogar contra o São Paulo. Neste domingo,
aproximadamente 44 mil torcedores compareceram à Arena, fazendo do majestoso o
clássico com maior média de público do estádio: 39.234.
Dentro
de campo, o alvinegro desde o começo deixou claro sua proposta de jogo: dar a
bola ao São Paulo e surpreendê-lo no contra-ataque. Aos 10 minutos, contudo, o
zagueiro Pablo quase marcou de forma estranha – ele deu uma raspadinha na bola,
de cabeça, mas a finalização passou tirando tinta do poste são-paulino.
Atrás
no placar, os comandados de Rogério Ceni precisavam de três gols. Ceni, que põe
o time irresponsavelmente para jogar na frente, sofreu com sua defesa. Equipe
do Morumbi terá cerca de duas semanas até estrear no campeonato brasileiro.
Tempo para Rogério Ceni preparar sua equipe.
Bem,
os 45 minutos finais do majestoso começaram com a temperatura altíssima. Sim, o
clássico estava equilibrado, mas o Corinthians emocionalmente tinha domínio da
partida. O Tricolor punha a bola na área e, como diz Juca Kfouri, as torres
gêmeas corintianas devolviam sem problemas.
No
final, o assoprador de apito, banana, deixou de expulsar uns três jogadores. A
paz, que reinava no primeiro tempo, deu espaço para olhares ríspidos, empurrões
e acenos indelicados de ambos os lados.
Mais
uma vez, deu Corinthians.
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