quinta-feira, 6 de abril de 2017

Timão cumpre seu papel: faz bom jogo e tem vantagem para a volta

Jogando em casa, Timão bateu Universidad do Chile e está tranquilo para volta
À lá Corinthians. Assim, pode-se definir o jogo de ontem, 6, na Arena. Com gols de Rodriguinho e Jadson, o alvinegro venceu a equipe chilena por dois a zero e poderá perder por um gol de diferença na partida de volta, que acontecerá em 10 de maio, em Santiago, no Chile.

O jogo mostrou que o Corinthians, mesmo limitadíssimo, merece ser respeitado, principalmente em casa. Acuado, o Timão começou dando campo para a Universidad jogar. Rodriguinho tinha lampejos infelizes de craque, mas não passava disso. Jadson tentava... e a defesa apelava para os chutões, mas a bola não chegava ao ataque.

Lorenzetti, experiente meia, fazia a La U jogar. Sua tranquilidade foi primordial para meio-campo deles, porém o Corinthians adora jogar assim. Tanto que Cássio teve de fazer duas defesas dificílimas, sendo a primeira crucial para o alvinegro não se abalar psicologicamente e, em seguida, abrir o placar.

A jogada que originou o gol corintiano foi bem trabalhada. Romero matou a bola mal, mas deu um jeito de ajeitá-la para Gabriel, que exigiu boa defesa do arqueiro chileno. No rebote, Rodriguinho a empurrou para o fundo das redes, tirando o zero do placar, aos 40 minutos do primeiro tempo.

Se você esperava que o Corinthians voltaria recuado para a etapa final, se enganou profundamente. Porque o Timão foi para cima e mandou no jogo. E Carille têm seus méritos nisso. Ao invés de fechar o time, suas mudanças colocaram a equipe para frente.

Idiotas da objetividade, contaminados pelo óbvio ululante, parafraseando Tio Nelson, não compreenderam as mudanças do treinador corintiano. Confesso que tampouco eu as compreendi. Carille foi ousado e, quando todos esperavam volantes e zagueiros para formarem um bonde em frente a área alvinegra, ele pôs Clayton e Pedrinho. Mesmo vencendo por dois a zero.

Mas nem tudo caminhou como o esperado. A polícia prendeu 26 chilenos, que quebraram cadeiras e as arremessaram na torcida corintiana. Em seu blog, o jornalista Juca Kfouri disse que o fato foi tudo o que o Corinthians precisava para jogar.

"Tudo que o Corinthians queria era ser agredido em casa. Porque gosta de jogar por uma bola", comentou o jornalista.

Sim, não poderia jamais inocentar a PM, que nem de longe é santa, sobretudo a paulistana, mas não há como defender torcedores que destroem estádio e jogam objetos contra torcedores rivais.

Dez anos depois, o Corinthians cumpriu seu papel e estreou com vitória na Copa Sul-Americana. Agora, o Timão tem de focar no duelo contra o Botafogo de Ribeirão Preto, que pode inventar de complicar a vida alvinegra.      

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