quarta-feira, 26 de abril de 2017

40 anos após gol de Basílio, Timão e Macaca decidem título paulista

No Rio de Janeiro, o Fla-Flu nasceu “40 minutos antes do nada”, de acordo com Nelson Rodrigues.

Em São Paulo, a decisão do Paulista nasceu 40 anos depois do tudo.

“O sabor daquele gol do título é o mesmo para toda nação corintiana. É muito valorizado, já que o Corinthians não era campeão havia 23 anos”, afirma Basílio, autor do gol que deu o título paulista de 77 ao Timão.

Depois de 40 anos, Corinthians e Ponte Preta vão reviver aquela final. Mas o Timão não está em jejum de títulos como naquela época. E iniciou a competição desacreditado. Ganhou moral após vencer o Majestoso, na semifinal.

Já a Macaca chega à decisão de olho em conquista inédita. Time mais antigo da Série A, a Ponte Preta jamais ergueu troféu de relevância e bateu na trave algumas vezes, como em 77 e 79, em ambas as ocasiões jogou contra o Timão na final.

Principal ídolo da torcida pontepretana, Dica disse que seu time era muito mais técnico do que o Corinthians, em 77. “Em 1977, o Corinthians tinha mais brio e força física. O único diferencial era Palhinha. Já a Ponte Preta era mais técnica desde o sistema defensivo até o ofensivo e estava em um estágio superior”, afirma.

O Corinthians sagrou-se campeão após três jogos. Duas partidas foram vencidas pelo time dirigido por Oswaldo Brandão, mas a decisão tenha um herói e um vilão. Pelo lado corintiano, Basílio, que fez o autor do título aos 36 minutos do segundo tempo, do terceiro jogo.

Rui Rei, atacante da Ponte Preta, foi expulso aos 16 minutos da primeira etapa, após reclamar de falta. Quatro vezes depois, o jogador estava vestindo a camisa do Timão. A negociação, como era de se esperar, causou polêmica.

As partidas da final deverão ser realizadas nos dias 30 de abril e 7 de maio. Os locais ainda serão confirmados pela Federação Paulista de Futebol.

Camisa 77
Os corintianos estranharam quando Jadson foi anunciado: ele não invés de vestir a camisa 10, o maestro passou a atuar com a 77, em alusão ao título de 40 anos atrás.

Já que a camisa 8 de Basílio não vai ser representada por nenhum jogador do Corinthians na final, o jeito é confiar na 77, de Jadson. Mística e destino, para o corintiano, não costumam falhar.

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