No
Rio de Janeiro, o Fla-Flu nasceu “40 minutos antes do nada”, de acordo com
Nelson Rodrigues.
Em
São Paulo, a decisão do Paulista nasceu 40 anos depois do tudo.
“O
sabor daquele gol do título é o mesmo para toda nação corintiana. É muito
valorizado, já que o Corinthians não era campeão havia 23 anos”, afirma
Basílio, autor do gol que deu o título paulista de 77 ao Timão.
Depois
de 40 anos, Corinthians e Ponte Preta vão reviver aquela final. Mas o Timão não
está em jejum de títulos como naquela época. E iniciou a competição
desacreditado. Ganhou moral após vencer o Majestoso, na semifinal.
Já
a Macaca chega à decisão de olho em conquista inédita. Time mais antigo da
Série A, a Ponte Preta jamais ergueu troféu de relevância e bateu na trave
algumas vezes, como em 77 e 79, em ambas as ocasiões jogou contra o Timão na
final.
Principal
ídolo da torcida pontepretana, Dica disse que seu time era muito mais técnico
do que o Corinthians, em 77. “Em 1977, o Corinthians tinha mais brio e força
física. O único diferencial era Palhinha. Já a Ponte Preta era mais técnica
desde o sistema defensivo até o ofensivo e estava em um estágio superior”,
afirma.
O
Corinthians sagrou-se campeão após três jogos. Duas partidas foram vencidas
pelo time dirigido por Oswaldo Brandão, mas a decisão tenha um herói e um
vilão. Pelo lado corintiano, Basílio, que fez o autor do título aos 36 minutos
do segundo tempo, do terceiro jogo.
Rui
Rei, atacante da Ponte Preta, foi expulso aos 16 minutos da primeira etapa,
após reclamar de falta. Quatro vezes depois, o jogador estava vestindo a camisa
do Timão. A negociação, como era de se esperar, causou polêmica.
As
partidas da final deverão ser realizadas nos dias 30 de abril e 7 de maio. Os
locais ainda serão confirmados pela Federação Paulista de Futebol.
Camisa 77
Os
corintianos estranharam quando Jadson foi anunciado: ele não invés de vestir a
camisa 10, o maestro passou a atuar com a 77, em alusão ao título de 40 anos
atrás.
Já
que a camisa 8 de Basílio não vai ser representada por nenhum jogador do
Corinthians na final, o jeito é confiar na 77, de Jadson. Mística e destino,
para o corintiano, não costumam falhar.
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