Johnny Deep e Keith Richards contracenaram juntos. E descobriram vários pontos em comum. Durante a
entrevista publicada na Rolling Stones EUA – traduzida para a edição 07 de
julho de 2007 da Rolling Stone Brasil – eles falaram sobre a experiência que
tiveram de conviver por uma semana. Richards interpretou o Capitão Teague, pai
de Jack Sparrow (Johnny Deep), em Piratas
do Caribe: Fim do mundo. Deep, por sua vez, revelou que se inspirou em Keith para compor Sparrow. Em sua biografia Vida, o guitarrista disse que apenas ensinou ao ator dobrar uma esquina embriagado. “Eu
falei para ele que quando for dobrar uma esquina bêbado, jamais evitar a parede”,
contou.
Questionado sobre os métodos de preparo para os shows, Keith
declarou, entre risos, que a banda faz o mesmo ritual há anos. “Eles me avisam
quando faltam dez minutos para começar. A banda geralmente fica dando um tempo
lá no meu camarim. E a gente faz o que tá acostumado a fazer [risos]. É uma
energia reprimida e você fica ali esperando para que os portões se abram... E
lá vamos nós”, disse. O músico à época estava em turnê com os Rolling Stones, em Bigger
a Band, quando recebeu o convite de Depp para participar do filme. "O resto dos Stones está relaxando, curtindo, e eu virei um pirata”, brincou. Keith saiu de uma apresentação na Dinamarca para ir ao set de gravação. "Ele chegou feito um pirata, vestido desse jeito. Foi a primeira vez que vi a minha equipe, com quem já trabalho há anos, boquiaberta. Só medindo o cara, espantados. Como se o bandido da cidade tivesse chegado", comentou Deep.
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Keith Richards interpretou o pai de Jack Sparrow (Johnny Deep) em Piratas do Caribe: Fim do mundo |
A primeira pergunta é para você, Keith. Sua carreira como
astro do rock foi, na verdade, uma espécie de laboratório para o papel de um
pirata?
Keith Richards: Acho que dá para ver por esse lado, sim. São dois
jeitos diferentes de levar uma vida desonesta. E os piratas são muito
democráticos. Tudo está à venda: perna esquerda por tanto, testículos por
tanto... Quero dizer, eles tinham negócios rolando naqueles barcos que estavam
muito além da Constituição.
Você também tem experiência com bandas, Johnny, na sua
adolescência, com a The Kids. Já descobriu se existe alguma diferença entre
piratas e roqueiros?
Johnny Depp: Sempre achei que os piratas eram os roqueiros do século
18. Em ambos os casos [dos piratas e dos roqueiros], o mito chega antes deles.
Eles estão em todas as bocas meses antes de aportar.
Lembra quando soube pela primeira vez do mito de Keith?
Depp: Isso aconteceu muito cedo. Simplesmente descobri sua música e
ele sempre foi meu primeiro amor, desde criança. Lembro de quando comecei a
fuçar em uma guitarra pela primeira vez. E Keith está muito na vanguarda.
Já tiveram a oportunidade de tocar juntos?
Richards: Ainda não.
Johnny, e como você se compara, como guitarrista, com
esse deus da guitarra aqui?
Depp: Não gostaria nem de começar.
Richards: O Johnny deve ser melhor do que acha que é e eu
provavelmente não sou tão bom quanto ele imagina.
Depp: Eu quase tive medo de encontrar Keith por um bom tempo.
Sempre existe o temor de que seus heróis vão ser uns imbecis.
Richards: Quando o conheci, no começo pensava: "Ah, outro
porra de amigo do meu filho". O Johnny começou nesse status, depois foi
ganhando espaço.
Quanto tempo faz isso?
Richards: Acho que foi em 1995, em Nova York. Ou será que foi na
Disneylândia? Meu filho Marlon me falava: "Você tem que conhecê-lo, ele é
seu fã de verdade". Então, acabei encontrando o Johnny. Não sabia direito
o que ele já tinha feito, achei que era um guitarrista, então pensei: "Ah,
ele fez uns filmes também. Mais um daqueles caras". Mas depois, ao longo
dos anos, a gente se conheceu melhor, tanto que estou aqui vestindo isto [ri de
si mesmo ao se ver caracterizado de pirata].
Foi difícil convencê-lo a fazer parte deste filme?
Richards: Foi aquela história do lugar certo, na hora certa, com os
caras certos. E, claro, porque ele é um cuzão.
Depp: Que a verdade seja dita.
Acho que você, Keith, teve uma ótima atuação no
documentário do Chuck Berry, Hail! Hail! Rock'n' Roll (1987), em que fez o
papel de um homem maduro, o produtor do show, enquanto o Chuck tocava o
puteiro.
Richards: Era eu fazendo o que costumo fazer. O Chuck pediu, eu fiz.
Sou um dos maiores fãs do Chuck Berry. E ele também tem uma história com o
Chuck.
Depp: Eu era da The Kids. E a gente abriu para o Chuck Berry em
Atlanta, eu tinha 17 anos na época. Ele chegou, entrou no nosso camarim e achou
que a gente era a banda de apoio dele. Fiquei extasiado. Ele me passou a
guitarra e falou: "Afina". Então liguei na tomada e usei o afinador
eletrônico. Ele perguntou: "Que porra é essa?" "Um afinador
eletrônico, amigo". Ele ficou fascinado.
Richards: É, o Chuck nunca tinha visto um afinador eletrônico
antes. Ele achou que você estava tentando tirar uma da cara dele. Deus abençoe
seu velho coração. O Chuck é um grande pirata, do seu modo.
Depp: É verdade, Chuck costumava estorquir, saquear e pilhar em
todos os lugares a que ia.
Já que vocês não vêem diferença entre piratas e roqueiros,
que tal entre roqueiros e atores? As praias estão entulhadas de ossos de astros
do rock que gostariam de atuar...
Richards: Não sei analisar essa. Desde que bati a cabeça [ao cair de uma
palmeira nas ilhas Fiji, no ano passado], tive esses médicos que se projetavam
como rock stars. Sou só um músico. E se as pessoas gostam do que faço, graças a
Deus, isso me leva a produzir mais. E eu quero fazer mais. Taí uma coisa que
você não considera quando entra no jogo.
Johnny, seu personagem, Capitão Jack Sparrow, colocou
você em outro patamar: o de ícone do cinema.
Depp: Não sinto nada diferente em relação a qualquer outro papel que
já tenha feito. É que mais gente viu este filme e gostou do personagem. Fiquei
chocado e comovido com isso.
Como vocês definem o encanto do Capitão Jack Sparrow?
Depp: Acho que é irreverência pura, ele é o malandro.
Richards: Ele representa um potencial de liberdade, quebra
barreiras.
Quando você pensou no Keith ao compor o personagem,
Johnny?
Depp: Você pergunta: "Quem é o maior rock star do mundo? Quem é
interessante e carismático?" E então responde: "É o Keith, não é? É o
Keith".
É verdade que quando você era pequeno, Keith, gostava do
Roy Rogers, o caubói-cantor?
Richards: É verdade, ele era demais. Sabia atirar, tocar guitarra e
andar a cavalo. O que mais você quer?
Quando você foi para o lado negro, na direção dos
piratas?
Richards: Isso veio mais tarde, naturalmente. Você cria uma imagem que
te acompanha para sempre. Você pode limpar a sua barra e virar uma pessoa
certinha, mas mesmo assim, arrasta sua vida toda atrás de você.
Johnny, você teve reações negativas dos executivos dos
estúdios quando começou a criar o Jack Sparrow, não?
Depp: No primeiro mês de filmagem todo mundo pensou que eu tinha
pirado.
Richards: Não, a abertura com você no navio encalhado... Eu não
teria feito nada melhor.
Então você viu o filme, Keith?
Richards: Claro. Como poderia não ter visto com meus netos por perto?
Vi quando o primeiro [Piratas do Caribe: A Maldição da Pérola Negra, 2003] foi
lançado. No segundo [Piratas do Caribe: O Baú da Morte, 2006], acabei dormindo
no meio, mas foi porque estava acordado há três dias.
Depp: Eu também teria dormido.
Keith, você percebeu alguma semelhança logo de cara entre
você e o personagem feito pelo Johnny?
Richards: Ele me ligou quando começou a dar entrevistas sobre o filme
e disse: "Antes que você comece a ler por aí, tenho que te dizer que
baseei algumas coisas do meu personagem em você". Bom, obrigado por me
contar, Johnny. Do contrário, teria te processado até a alma [risos].
E quando você teve a idéia, Johnny, de chamar Keith para
ser o seu pai em Piratas do Caribe 3?
Depp: Foi em um jantar, em Nova York. Mas nunca tive certeza de que
ele toparia.
Richards: Eu tive uma semana de folga, Johnny.
Depp: Um tempo muito bem utilizado.
Richards: É. O resto dos Stones está relaxando, curtindo, e eu
virei um pirata. É só uma coisa diferente para fazer. Mas não sei se consigo
dar conta. Mas é isso, ou eu teria uma fala só e iria embora.
Como ele está se saindo?
Depp: Muito bem. Ele é o "Richards-Duas-Tomadas".
Supostamente, o cantor Frank Sinatra tinha paciência para
um só take quando estava atuando.
Richards: É, mas ele era um grande filho da puta.
Depp: Acho que o Sinatra sempre acertou na mosca. Ele podia sair de
cena e estaria tudo certo.
Johnny, o sucesso estrondoso dos dois primeiros Piratas
surpreendeu você?
Depp: Muito, porque estou acostumado a ter só umas 18 pessoas
assistindo aos meus filmes.
Keith, este é o mais perto que você vai chegar de um
personagem da Disney?
Richards: Sou o próximo Mickey Mouse, tome cuidado.
Depp: Um Mickey com dreads.
Johnny, qual foi o disco dos Stones com o qual você mais
se identificou?
Depp: Eu era fã das coisas mais antigas. Sempre caí mais para os lados
das faixas do Keith: "Before They Make Me Run", "Little T&A".
Como guitarrista, ele era um deus, e ainda é. Só não conte isso para ele.
Johnny, em algum nível você se considera um rock star
falido?
Depp: Pior que isso, sou um músico falido. A música era a minha vida,
meu primeiro amor.
Richards: Ele tem uma das melhores coleções de guitarra que eu já
vi, é muito eclético.
Depp:Tenho uns belos violões L1, da Gibson.
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Jonny Deep e Keith Richards
Keith, você não vem usando um anel de caveira e outros
apetrechos de pirata desde a época de sua banda solo, a X-pensive Winos?
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Richards Desde o final dos anos 60, começo dos 70. Tenho um grande
amigo que também faz minhas algemas, mas não dá para mostrar agora porque estão
embaixo destas malditas mangas de pirata.
Ao longo dos anos, algumas das melhores frases foram
atribuídas a você. Uma delas é "Não viajo sob nenhuma bandeira. Sou um
músico". O que para mim é o éthos dos piratas...
Richards: Cara, se não tivesse uma guitarra, teria um barco.
Depp: E eu, um Maserati.
Você acha que tem que ser meio pirata para sobreviver na
música?
Richards: O mundo da música nunca foi diferente. É uma piscina cheia
de piranhas. Quer entrar ali? É melhor você não ser saboroso.
Aqui vai mais uma frase atribuída a Richards: "Nunca
tive problemas com drogas. Tive problemas com a polícia".
Richards: Eu também apoio essa frase aí [risos].
As crianças que nasceram agora podem descobrir o Keith
através do Piratas. Como você vê isso?
Richards: Ótimo. Sensacional.
Depp: Se for assim que elas vão descobrir o Keith, beleza.Tem também mais 40
anos de uma música incrível para descobrir depois.
Richards: Descobriram o Johnny, não foi? Podem me descobrir também. É uma
geração diferente, e é por isso que estou fazendo o papel do pai dele.
Como vocês comparam a fraternidade entre uma banda com a
fraternidade entre os piratas?
Richards: São uma tripulação, certo? É um trabalho em equipe. O Johnny vem
fazendo Piratas do Caribe há três ou quatro anos, faz e pára, faz e pára. E a
tripulação dele fez com que me sentisse em casa. É uma coisa de família. Minha
vida inteira gira em torno disso.
Você já recusou muitos papéis como ator?
Richards: Já me ofereceram algumas coisas, mas eram todas muito ridículas.
Só faria isso com amigos, e foi assim que aconteceu desta vez. É por isso que
estou usando esta merda de peruca que pesa 2 quilos.
Quantas horas você levou para se maquiar? Porque devo
dizer que esse visual de pirata ficou bastante natural em você.
Richards: Leva cerca de uma hora e meia, porque eles colocam várias
cicatrizes. Como se eu já não tivesse cicatrizes o suficiente.
Como anda sua atuação?
Richards: Fingir ser o pai dele se tornou interessante. Não sei direito o
que estou fazendo - porque é por muito pouco tempo - mas estou dando o melhor
de mim. Sei que posso olhar para esse homem nos olhos e a gente pode dar uma de
bobo sem errar a mão.
Depp: Ele chegou feito um pirata, vestido desse jeito. Foi a primeira vez que vi a minha equipe, com quem já trabalho há anos, boquiaberta. Só medindo o cara, espantados. Como se o bandido da cidade tivesse chegado.
Richards: Você juntou uma equipe e tanto.
Depp: Tome muito cuidado comigo, seu degenerado.
O Jack Sparrow tem problemas com o pai?
Depp: É uma relação de amor e ódio.
Este filme obviamente interrompeu a turnê dos Stones.
Como estão indo os shows?
Richards: Muito bem. Eu saí da Dinamarca para fazer isto aqui. E vamos
combinar que, se os shows dos Stones não estivessem indo bem, você já teria
lido a respeito em tudo quanto é lugar. Mas ao vir para cá, pensei que estava
com jetlag, mas consegui filmar mesmo assim. A carcaça do velho aqui ainda está
segurando a onda?
Depp: A carcaça ainda está segurando a onda, sim.
O produtor e chefão Jerry Bruckheimer veio ver vocês dois
juntos?
Depp: Sim, ele veio ver a gente ontem.
Richards: Grande coisa. Eu já vi todos eles indo e vindo, meu bem& [risos]
Quando você era mais jovem, Johnny, chegou a ver os
Stones no palco ou os shows eram muito caros para você?
Depp: Estavam muito fora do meu orçamento. Agora já vi várias vezes. E só
vai ficando melhor. É inacreditável a energia deles.
Richards: Eu preciso de expiação.
Você ainda toca e compõe, Johnny?
Depp: Sim. Toco em casa, faço umas gravações caseiras, toco em discos de
amigos. Às vezes toco em mim também.
Richards: É, sempre tem isso.
Keith, você levou um século para fazer um álbum solo
[Talk Is Cheap, 1988]. Johnny, você faria um disco?
Depp: Não. Acho que músicos dando uma de atores é uma coisa, mas
atores dando uma de músicos...
Richards: Você pode fazer o que quiser. Deixa de ser medroso.
Keith, você contribuiu com alguma música para este filme?
Richards: Só com um pouquinho de "ho, ho, e uma garrafa de
rum"& o Johnny conseguiu mandar fazer uma guitarra maravilhosa em uma
semana, que parece ter 300 anos. Então, fiz um pouco do que faço para me
aquecer nos shows. E eles disseram que gostaram.
Mas você tocou no filme?
Richards: Sim, uma musiquinha adorável. Vocês vão adorar.
Vocês dois parecem piratas mesmo - dois cães sarnentos e
maliciosos.
Richards: Ele já vem me lambendo há alguns anos.
Contracenar neste filme deixou vocês dois mais próximos?
Richards: Obviamente, a gente pôde se conhecer um pouco melhor. Quero
dizer, ele virou um camarada meu: "Quer fazer isso?" "Claro, por
que não? O máximo que vai acontecer é eu cair de cara, certo?"
Depp: Você não caiu de cara.
Mas em termos de rock'n'roll, você não acha que está
abrindo um novo precedente para a longevidade?
Richards: Não tem essa história de "em termos de rock". Quem
pode dizer quanto tempo alguém pode continuar a fazer isso? Bater as botas com
19 ou 20, quando você está legal. Dois anos nas paradas.
Bom, é uma questão de orgulho que você seja um símbolo
de&
Richards: Não é uma questão de orgulho, a gente só continuou tocando.
E você pode continuar fazendo quando tem uma banda. Por que não? Quantos
milhões de pessoas estão aí querendo me ver? Caralho, quem sou eu para dizer
não? Vou me divertir muito com essas pessoas. Rock tem que ser divertido.
Sério, preciso da adrenalina e ali existe uma troca de energia.
O Keith inspirou você na carreira, Johnny?
Depp: Ele é determinado.
Richards: Ele provavelmente pensou nisso antes de me conhecer.
Depp: Ele era uma das pessoas que eu admirava pelo que já havia
feito e pela maneira como lidava com aquilo. Quarenta e tantos anos sendo esse
deus. E ele é bacana.
Keith, quando você começou a falar com a imprensa, era
surpreendentemente objetivo e honesto.
Richards: Depois de tudo por que passei, foda-se. Você quer saber como
é? É assim. Não sou nenhum anjo.
Mas agora você é um ator. O que você aprendeu com o
Johnny?
Richards: Antes de rodar uma cena, os olhos dele mudam e ele vira o
Jack.
Depp: Isso é sério? Eu não percebo essa mudança.
Richards: Você incorpora o Jack em um segundo.
Depp: Não fazia idéia.
Você era um músico carismático quando estava no palco,
Johnny?
Depp: Não mesmo. Eu tentava ficar longe dos holofotes.
Richards: Isso é difícil. Não funciona.
Keith, como você entra no clima para um show dos Stones?
Richards: [Risos] Essa é uma pergunta perigosa. Eles me avisam quando
faltam dez minutos para começar. A banda geralmente fica dando um tempo lá no
meu camarim. E a gente faz o que tá acostumado a fazer [risos]. É uma energia
reprimida e você fica ali esperando para que os portões se abram... E lá vamos
nós.
Como Jack Sparrow, Johnny, o que você pegou do Keith,
além do olhar?
Richards: O olhar, é verdade. Elegantemente bêbado.
Depp: Eu não estava tentando fazer uma imitação do Keith, mas tem alguma
coisa nele que achei que teria a ver com o personagem.
Richards: Bom, você voltou para sua história de rock stars e piratas.
Quero dizer, esta roupa que a gente está usando foi tirada de gravuras de
piratas que se mostravam como queriam que fossem vistos. Você não acha que eles
ficavam no convés usando essa merda, né? Eram os cartões-postais deles. É assim
que eles querem ser apresentados, como querem ser percebidos. No dia-a-dia,
eles deviam usar cuecas e mais nada.
O que os dois piratas sabem sobre ser cool que o resto de
nós não sabe?
Richards: Se você é cool, você não sabe nada sobre isso. Ou você é ou
não é.