sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Barão Ao Vivo


O mais roqueiro dos álbuns da discografia baronica. Barão Ao Vivo, foi lançado em 1989. Gravado nos dias 1,2 e 3 de setembro de 1989, o disco reúne os principais sucessos do grupo, como Ponto Fraco e Por quê a gente é assim. Ouve espaço, até, para um cover de Satisfaction, dos Stones, com Ezequiel Neves – Zeca Jagger –, no backing vocal.

O disco

Ponto Fraco – “Agora é o seguinte, o rock and roll vai rolar, e é direto”, advertiu Frejat, logo no início do álbum.
O riff, conduzido por duas guitarras, dita a música. Fernando Magalhães, cuja influência é o The Who, auxiliou o líder baronico nas cordas.

Carne de Pescoço – Oriunda do segundo disco, Barão Vermelho 2, de 1983, Carne de Pescoço é aquela faixa que denunciou a intenção do disco. Rock and roll, do começo ao fim.
Riff sem frescura e enérgico. Bem ao estilo Barão Vermelho de tocar.

Pense e Dance – Primeiro rit nacional após a saída de Cazuza. Esta faixa recolocou o Barão no lugar que sempre o pertenceu: a elite do rock nacional.
De autoria de Dé, Guto Goffi e Frejat, a faixa é totalmente dance. Muito boa.

Bete Balanço – Um dos riffs mais conhecidos do rock nacional. Integrou o LP Maior Abandonado, de 1984, premiado com disco de ouro, por ter vendido mais de 100 mil cópias.

Cazuza a compôs para o filme homônimo. O longa tinha Deborah Bloch, como a Bete, protagonista da narrativa.

Frejat, guitarrista a época, foi responsável pelo solo mais conhecido da geração 80. Deu-lhe uma roupagem, neste disco, viril, pesada, tocante. Indispensável aos shows dos Barões.

Não amo ninguém – é um blues. Também faz parte do disco Maior Abandonado.
Em Barão Ao Vivo, enriquecera por conta das duas guitarras, leves, mas ao sempre tempo, agressivas.

Por quê a gente é assim – “Espero que vocês estejam tão sedentos de rock and roll, quanto vocês tão de álcool”, bradou Frejat.

Com riff carregado, os Barões a transformaram em uma canção pulsante. É inegável: ela mexe no fundo. 

Atinge os sentimentos boêmios dos fãs. Qual conhecer de Frejat e cia, que não conhece-a?

Rock do cachorro morto – é uma das faixas novas. Pesada, alegre e raivosa. Os Barões surpreender, e conseguiram.

Quem você pensa que é? – Outra composição nova. Assim como a anterior, nessa há uma guitarra que dita as regras.

Satisfaction – Este é o cover dos Stones. O grupo carioca batizou-a com a identidade baronica. Além da sintonia entre Frejat, Guto e Dé, Zecca Jagger também participou dela. Faz o backing vocal, e teve o nome no encarte do LP.

Lente – “Essa faixa, é uma ponte aérea entre Frejat e Arnaldo Antunes”. Abriu o último LP, Carnaval de 1988. Riff clássico, cuja sonoridade lembra o hard rock.

Bagatelas – Do disco Declare Guerra. Faz pouco sucesso e tornou-se desconhecida, praticamente. Apenas os fãs vibrados no Barão a conhecem.

Torre de Babel – Single de Declare Guerra, o primeiro álbum do Barão sem Cazuza, que saíra do grupo, alguns meses após o Rock in Rio, de 1985.

O disco vendeu apenas 15 mil cópias. Foi o início de um período complicado para os Barões. Eles ficarem longe das rádios, apenas retornando ao clico do sucesso, em 1990, com o disco Na calada da noite.

Formação

Frejat – Voz e guitarra

Dé - Baixo

Guto Goffi - Bateira

Fernando Magalhaes - Guitarra

Peninha – Percussão

Zeca Jagger – Backing Vocal em Satisfaction

domingo, 2 de novembro de 2014

Dez dias que abalaram o mundo



Dez dias que abalaram o mundo, escrito por John Reed, é tido como o relato mais fiel e preciso da Revolução Russa. O autor, socialista convicto, escreveu uma profunda reportagem sobre tudo o que vivenciou durante a áurea revolucionária. Em 1981, houve um filme sobre a sua vida. O longa, estrelado por Diane Keaton e Warren Beattly, chama-se Reds.

Logo no início da obra, Reed retoma os acontecimentos que antecederam a Revolução. Durante os dois primeiros capítulos, o foco da trama era esclarecer o leitor sobre o contexto da época. Sobre o livro, o próprio Reed falara o seguinte:

“Este livro é um pedaço da história, da história como eu a vi”. Assim inicia-se a obra.

No entanto, o capítulo mais vibrante entre todos, é sem dúvida, o que trata da ação dos revolucionários. Intitulada de ‘Frente Revolucionária’, Reed nesta parte, tratara sobre os desdobramentos da Revolução na sociedade russa, sobretudo em Petrogrado. Ainda somos apresentados a atuação dos jornais russos do período, especialmente o Padva cuja visão era extremamente burguesa.

Quando a população saiu às ruas, o periódico socialista ‘Palavra do Povo’, dispunha da seguinte manchete: “Governo operário e camponês? Ele só será reconhecido pelos inimigos”.

Foi assim, neste contexto, que Reed brilhantemente relatou a ação revolucionária. Único e formidável, Dez dias que abalaram o mundo é obrigatório, sobretudo a quem quer se aprofundar na Revolução Russa.

Reds:

O filme conta a história do jornalista John Reed, autor de Dez dias que abalaram o mundo, desde o período em que trabalhava no jornal socialista The Masses, no início do século XX, até a fundação do Partido Comunista dos Estados Unidos. O longa ainda aborda a participação de John na Revolução, sua relação com lideranças e conflitos internos na então Rússia.

Após a Revolução, John sempre fora tratado como um herói, pela URSS. Morreu em Moscou, aos 44 anos, vítima de tifo. John Reed foi o único estrangeiro que morreu na URSS e teve seu corpo sepultado com grandes honras nas muralhas do Kremlin, ao lado do mausoléu de Lenin.