Rodriguinho marcou um dos gols da vitória |
Deu
certo. A armadilha do Corinthians funcionou mais uma vez. E o São Paulo tornou-se mais
freguês do que nunca. O Morumbi poderia ser tranquilamente
uma extensão da Arena Corinthians. Lá, o alvinegro desfila como se estivesse em
sua casa.
Impressionante.
Dentro de sua própria casa, o Tricolor não joga. E não joga porque não quer. Ou
porque não consegue. Talvez a segunda opção faça mais sentido. Especialmente
porque Rogério Ceni é prepotente.
Hoje,
16, o Corinthians jogou como habitualmente joga: se fechou e chamou o São
Paulo para seu campo, e quando teve a chance não perdoou. Jô, que voltou de contusão, marcou
um dos gols. O outro fora anotado pelo meia Rodriguinho, que, por causa de uma
gripe, chegou a ser duvida para a partida.
O
Tricolor saiu vaiado pela torcida soberana, além de berros do teor de “sem
vergonha” fazerem parte da sonoridade do Morumbi. O Timão, que não tem nada a
ver com histerias entre soberanos, pode perder por até um gol no jogo de volta,
no próximo domingo, 23.
Mas
antes, os dois times têm compromissos. No meia da semana, o Corinthians
enfrenta o Internacional, em casa, pela Copa do Brasil. Já o São Paulo encara o
Cruzeiro, mas ironicamente a equipe precisa de dois gols.
Segundo
o jornalista Juca Kfouri, o Corinthians deu “uma aula” no Morumbi. “Entre os
novatos Rogério Ceni e Fábio Carille a vantagem do corintiano foi abissal”,
afirma. “Sem correr risco algum, impôs ao menos quatro chances de gol à meta
tricolor”, completa.
Salão de festas
É
sempre emocionante ver o alvinegro vencer no Morumbi – palco e salão de festa
corintiano. O placar dá vantagem para o Timão jogar sossegado na volta, em
casa. A final de 77 pode se repetir.
Cueva?
Não. Pratto? Tampouco. Quem resolveu mesmo foi Rodriguinho, que deitou e rolou
na devassa defesa Tricolor. Sem dúvida, o Corinthians de Carille é pouco mais
do que um time meramente raçudo.
A
vitória encaminha a classificação, mas jamais decide algo. Clássico é clássico.
Todo cuidado é pouco. Mesmo assim, hoje é dia de se comemorar. Que venha o
segundo jogo!
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