terça-feira, 11 de abril de 2017

Desfalcado, Timão enfrenta Inter pela Copa do Brasil

Uma rivalidade nasceu após lambança dos assopradores de apito. Mas, de uns tempos para cá, Corinthians e Internacional disputam jogos em que qualquer piscada nos olhos pode fazer com que se perca um gol. Só que nem tudo são flores – pelo menos do lado alvinegro.

Apreensão... essa é a palavra corintiana para o jogo de hoje, contra o Internacional, às 21h45, no Beira-Rio. Sem o Jô, que reclamou de dores na coxa, e Jadson, que se queixou de incômodo no joelho, o alvinegro enfrenta o colorado em partida de ida da Copa do Brasil.

O meia e o centroavante não treinaram nesta terça, no CT Joaquim Grava. Ambos preocupam Carille por conta de suas condições físicas, e foram liberados do treino porque têm problemas particulares.

“Jô tem um problema pessoal, não sei qual é, Jadson teve um parente que faleceu, foi a Londrina, me mandou mensagem, mas quarta vem ao CT”, explica Carille.

Além das baixas de Jô e Jadson, o Timão não contará com o meia Guilherme, que foi acompanhar o nascimento do filho. O jogador é a última opção para o meio, especialmente após os retornos de Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto.

Mas o jogo possui tempero especial. Na semana passada, o alvinegro tentou contratar o meia Valdívia, mas a negociação fracassou e o treinador colorado, Antônio Carlos Zago, e o vice-presidente, Roberto Mello, criticaram a diretoria corintiana.

Roberto de Andrade, que atrai desconfiança da torcida, disse que o Internacional procurou o Corinthians antes para negociar o meia-atacante. “Não quero criar polêmica, não tem clima ruim para o jogo. Na hora exata vou mostrar quem está mentindo. Vocês podem aguardar que eu vou mostrar que está mentindo”, afirmou o dirigente, fazendo suspense sobre o episódio.

Na semana passada, o Corinthians divulgou nota revelando que foi procurado pelo Colorado, que tinha pretensão de contratar Giovanni Augusto. O acordo não aconteceu porque o jogador bateu o pé e recusou a transferência. Giovanni tem contrato com o Timão até o fim da temporada.

“O clima é sempre hostil porque eles criaram essa rivalidade. Mas é dentro de campo. Vamos lá e vamos jogar sem problema nenhum”, disse o dirigente Colorado.

Histórico

Desde 2005, quando o Corinthians foi Campeão Brasileiro com ajuda da arbitragem, a rivalidade entre as duas equipes cresceu. Mas alvinegros e colorados protagonizam jogos eletrizantes, e não é de hoje.

Em 1976, as equipes duelaram pela final do Campeonato Brasileiro. Semanas antes, o Timão havia levado cerca de 70 mil torcedores para o Rio de Janeiro, quando os paulistas venceram os cariocas, que eram infinitamente melhores, nos pênaltis.

Na decisão, porém, a história foi diferente: o Internacional disponibilizou 15 mil ingressos. E, sem sua torcida, o Corinthians sucumbiu diante dos colorados, que tinham Falcão no meio-campo, armando o “rolo-compressor”, como os gaúchos eram conhecidos.

Décadas se passaram. Jogos bons e memoráveis aconteceram. Mas os corintianos lembram mesmo do título da Copa do Brasil, de 2009, em cima do Inter. Ronaldo, craque e em noite inspirada, selou a conquista, após anotar um golaço.

Mentirosamente, hoje, ambos dizem que não estão nem aí um com o outro. Nesta quarta, qualquer vírgula posicionada de forma errada pelos cronistas e narradores será como uma chama que se alastra pelo papel.

Que será um jogão, isso vai. Certeza.

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