domingo, 7 de maio de 2017

Tudo começou em 77

Amigo, como lembraremos o título do Corinthians daqui 40 anos? Ainda ouvimos, lemos e lembramos, sobretudo os mais velhos, como fora a conquista de 77. Se àquela época o Timão precisava sair da fila, hoje a história mudou: neste domingo (7), às 18 horas, foi a vitória da afirmação. A afirmação de que o Timão é maior que tudo e todos.

Nossos avós contam como foi o gol de Basílio, será que no futuro falaremos sobre o passe milimétrico de Jadson, que encontrou Romero livre dentro da área pontepretana? Na primeira tentativa, o atacante paraguaio errou. Mas no rebote, como fez o pé de anjo, em 77, ele não perdoou: 1 a 0. Colocamos a segunda mão na taça.

Autêntico 12° jogador, a Fiel estava com o grito preso na garganta, desde a vitória por 3 a 0, no Moises Lucarelli, na semana passada. Turrona, a Preta empatou aos 38 do segundo tempo. A  Macaca merecia anotar pelo menos um tento.

O Timão, torcedor Alvinegro, louco do bando, não sabe mais o que é ficar na fila, mas segue pulsando com seus cânticos de apoio e incentivo. Aproximadamente 46 mil pessoas foram à Arena, e transformaram-na no estádio que mais lotado do Brasil.

Nos últimos anos, mesmo quando os jogos eram sofríveis, habituamo-nos a ganhar e não toleramos ficar na fila, desesperado por conquistas.

O escudo corintiano é supremo, e brilha porque o Timão não é a quarta força de São Paulo, como alardeavam as mesas-redondas e cronistas tomados pelo óbvio ululante, desculpe Nelson!

Desacreditado, o Corinthians dominou o Paulista. Abalado por crise financeira, o Timão não contou com estrelas, tal qual o rival Palmeiras, que contratou meio mundo. A diretoria resolveu apostar em jovens promessas. No banco de reservas, um treinador inexperiente, pupilo de Tite e estudioso do esporte bretão.

Apesar de bater na trave mais uma vez, a Ponte Preta mostrou-se um rival honesto e integro. Daqui 40 anos, provavelmente, nem estremos usando tablets e smartphones, mas em algum ligar terá imagens da vitória deste domingo (7).

Aguerrido e bem organizado, o Corinthians campeão paulista jogou dentro de suas limitações. E, é claro, o Timão sabe muito bem quais são. Carrile, ainda, quebrou a hegemonia de Mano Menezes e 
Tite, que foram os últimos técnicos que conquistaram título com o Timão.

É bem provável, amigo corintiano e sofredor, que daqui 40 anos lembremos que a década de 2010 foi a década do nosso amado Alvinegro. Este Paulistão foi a nossa sétima conquista. Ganhamos tudo, desde o Estadual ao Mundial, passado pela tal da Libertadores.


Nada disso, contudo, seria possível sem 1977. Tudo começou com o gol de Basílio.

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