Amigo,
como lembraremos o título do Corinthians daqui 40 anos? Ainda ouvimos, lemos e lembramos,
sobretudo os mais velhos, como fora a conquista de 77. Se àquela época o Timão
precisava sair da fila, hoje a história mudou: neste domingo (7), às 18 horas,
foi a vitória da afirmação. A afirmação de que o Timão é maior que tudo e
todos.
Nossos
avós contam como foi o gol de Basílio, será que no futuro falaremos sobre o
passe milimétrico de Jadson, que encontrou Romero livre dentro da área
pontepretana? Na primeira tentativa, o atacante paraguaio errou. Mas no rebote,
como fez o pé de anjo, em 77, ele não perdoou: 1 a 0. Colocamos a segunda mão
na taça.
Autêntico
12° jogador, a Fiel estava com o grito preso na garganta, desde a vitória por 3
a 0, no Moises Lucarelli, na semana passada. Turrona, a Preta empatou aos 38 do
segundo tempo. A Macaca merecia anotar
pelo menos um tento.
O
Timão, torcedor Alvinegro, louco do bando, não sabe mais o que é ficar na fila,
mas segue pulsando com seus cânticos de apoio e incentivo. Aproximadamente 46
mil pessoas foram à Arena, e transformaram-na no estádio que mais lotado do Brasil.
Nos
últimos anos, mesmo quando os jogos eram sofríveis, habituamo-nos a ganhar e
não toleramos ficar na fila, desesperado por conquistas.
O
escudo corintiano é supremo, e brilha porque o Timão não é a quarta força de
São Paulo, como alardeavam as mesas-redondas e cronistas tomados pelo óbvio
ululante, desculpe Nelson!
Desacreditado,
o Corinthians dominou o Paulista. Abalado por crise financeira, o Timão não
contou com estrelas, tal qual o rival Palmeiras, que contratou meio mundo. A
diretoria resolveu apostar em jovens promessas. No banco de reservas, um
treinador inexperiente, pupilo de Tite e estudioso do esporte bretão.
Apesar
de bater na trave mais uma vez, a Ponte Preta mostrou-se um rival honesto e
integro. Daqui 40 anos, provavelmente, nem estremos usando tablets e
smartphones, mas em algum ligar terá imagens da vitória deste domingo (7).
Aguerrido
e bem organizado, o Corinthians campeão paulista jogou dentro de suas
limitações. E, é claro, o Timão sabe muito bem quais são. Carrile, ainda,
quebrou a hegemonia de Mano Menezes e
Tite, que foram os últimos técnicos que
conquistaram título com o Timão.
É
bem provável, amigo corintiano e sofredor, que daqui 40 anos lembremos que a
década de 2010 foi a década do nosso amado Alvinegro. Este Paulistão foi a
nossa sétima conquista. Ganhamos tudo, desde o Estadual ao Mundial, passado
pela tal da Libertadores.
Nada
disso, contudo, seria possível sem 1977. Tudo começou com o gol de Basílio.
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