domingo, 21 de maio de 2017

Nada mais, nada menos


Amigo torcedor, amigo secador, antes da partida contra o Vitória, pela segunda rodada do campeonato brasileiro, observo o seguinte: jornais, portais de notícia e articulistas guiados pelo óbvio ululante deixavam o Corinthians de lado.

É um dos piores crimes que se pode cometer. Corinthians é Corinthians, e sempre na história do Alvinegro foi assim. Gostamos de entrar em campo com desconfiança. Você deve estar se perguntando “este cronista é maluco”. Ser Corinthians, meu caro leitor, é beirar a loucura mesmo.

Haja amor! Bato na mesa do botequim, e digo: “não devemos menosprezar o Timão nesta temporada. Ninguém dava nada para a gente, e nos tornamos os reis de São Paulo”. Enchi meu copo de cerveja, ergui-o e frisei: “Este ano vamos incomodar”.

José Pedro da Silva, palmeirense fanático, disse que seu time brigará em todos os campeonatos disputar. Balancei a cabeça, pensando que eles têm vários jogadores famosos no elenco, o que pode ocasionar rachas internos e, meu amigo, caso isto aconteça, babaú bicampeonato brasileiro.

O sujeito não concordou, evidentemente. Acendi um cigarro, mudei o foco da conversa e berrei: “Vai Coríntia!” O boteco todo ficou olhando-me, mas eu não estava nem aí e continuei bebendo minha cerveja futebolística - ou melhor, Alvinegra.

Vamos ao que interessa: o time de Fábio Carille ganhou do Vitória, na Fonte Nova. Conquistamos os três pontos, mas ainda nosso time não está preparado para encarar a sequência desumana de jogos do Brasileirão. Será preciso algo mais.

Precisamos de pelo menos três jogadores “cascudos”. Clayson, da Ponte Preta, é um atleta que chega como aposta, jamais pode-se esperar dela jogadas mirabolantes. Ele é jovem, com gás, todavia irá jogar um campeonato brasileiro longe e desgastante.

O ideal seria trazer um atacante de rápido, que jogue pelos lados do campo. Romero, artilheiro da Arena, anota seus gols, mas, jamais, um time do tamanho do Corinthians tem de depender de um jogador - com todo respeito - como ele: prolixo, dislexo e displicente.

Romero é esforçado. Nada mais. Nada menos.    

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