"Surpresa" do Paulistão, Ceni sofre primeira derrota no banco tricolor. Foto: lance.com.br |
Rezemos para que algo novo
aconteça nos campeonatos estaduais. Por favor, se alguém souber de alguma coisa,
me avise. Qualquer coisa que seja. Porque por conta dos interesses midiáticos,
só conseguimos ter notícias dos grandes times do Brasil - aqueles do eixo São
Paulo e Rio de Janeiro, especificamente). De tudo o que vi, não encontrei nenhuma
surpresa.
Em geral, os campeonatos
estaduais oferecem mais do mesmo. Servem apenas para os grandes times se prepararem
para a temporada. E os pequenos, que de vez enquanto surpreendem, como o Audax,
ano passado, têm chances de disputador a Série D, dependendo da colocação.
Tirando esse fator, nada de mais, ora pois. Apenas Ceni pode ser alçado à
condição de atrativo do Paulisão.
Será? Talvez, mas no primeiro
jogo o ídolo não convenceu. Perdeu de 4 a 2 para o Audax. E após a partida,
Ceni tentou explicar a derrota do tricolor, inutilmente. “Jogamos com o time um
pouco mais aberto do que na pré-temporada. Não conseguimos ter a compactação de
que gosto”, explicou o ídolo.
Já o Corinthians, ontem, venceu o
São Bento fora de casa, por 1 a 0. O escrete de Fábio Carille apresentou um
futebol organizado, com a defesa aparentemente arrumada e o ataque, como na era
Tite, truncado. Para sair do zero, o Timão contou com a ajuda de Jô, que achou
um pênalti e ele mesmo converteu.
E o atual campeão brasileiro
venceu o Botafogo-SP, por 1 a 0. O técnico, Eduardo Batista, no entanto, cobra
melhor organização e movimentação de jogo: “A gente precisa ficar um pouco mais
com a bola. Em determinados momentos, a gente tinha a bola e acabava rifando.
Temos de aparecer mais no espaço”, afirma o treinador, referindo-se ao atacante
Dudu, em entrevista ao Estadão.
Dos participantes menores, dos
adversários dos grandes, mal sabemos o nome do camisa 10. Não há sequer alguma
informação meramente detalhada sobre o que estão fazendo. No último Corinthians
e Ferroviária, creio que ficou claro que eles têm muito pouco a oferecer. Mas,
na verdade, o que me intrigou foi as emissoras de televisão e sua falta assaz
de criatividade para preencher o buraco na grade de programação.
Sinceramente, o que leva uma
emissora transmitir um jogo treino de avaliação e ajustes tático, cujo
resultado não deixará o torcedor surtado. Talvez, um documentário sobre a
história da Invasão Corintiana de 1976 poderia preencher o buraco na grade de programação.
Ou, melhor ainda, um jogo épico de grandes times dos estaduais. Será que nada,
nada mesmo, pode substituir o jogo-treino?
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