Mulheres. Uma beleza! Elas arrastam olhares ao caminhar. Os
cabelos balançam com o ritmo do andar. E os homens ficam vidrados. Seres
desprezíveis, insensíveis, os machos. As mulheres sabem o quê fazer, sabem o
quê tem de feito, sabem que os machos olham-nas, sabem que são poesia em carne
e osso. Os machos olhamos mesmo. Olhamos porque não há nada melhor. Não há
nada melhor que uma dama neste mundo. “Elas equilibram o mundo”, disse Truffaut
– o cara que nasceu para filmar o amor.
Todas são especiais. Elas guardam dentro de si algo que as
diferenciam uma das outras. As mulheres são seres únicos. Elas vêm ao mundo
para sofrer. E sofrem. Além da pressão da sociedade, os homens fazem-nas
sofrer, com seus discursos de quem durante séculos foi o beneficiado. Elas começaram a votar no Brasil, em 1932. E ainda dizem que a luta por igualdade é pura balela de feminista.
Discurssão que bradamos no bar, no final de semana. Eu penso o contrário. O
feminismo busca igualdade de gênero. Não podemos condená-las, por quererem
igualdade de gênero. Segundo reportagem de O Globo, as mulheres recebem 35% a
menos que os homens. E, se ainda não bastasse, elas têm de enfrentar a lógica
dos empresários, que preferem não contratá-las, por serem, simplesmente,
mulheres. “Elas não sair em licença maternidade, e a gente que terá de arcar
com os custos”, pensam.
Sábio Bukowski - o velho safado: “As mulheres vêm ao mundo
para sofrer”.
Mudando de assunto. Lembrei-me de uma canção do mestre Jorge
Ben Jor. “A crioula é a soma de todas as riquezas”, diz Jorge, em Crioula,
canção que íntegra o álbum Jorge Ben,
lançado em 1969. A crioula tem o molejo, a ginga, o sorriso, que fisga-nos e
deixa-nos paralisados. A ruiva é o verdadeiro fogaréu.
A morena têm cabelos negros cintilantes, que protegem-nos da escuridão. A loira –
clichê -, mas bela, tem a postura de rainha. A coroa a experiência, o olhar
lascivo, o laconismo de quem muito viveu. Todas são belas. O poeta abre o
livro, escreve versos, declama-os porque há uma mulher. O bêbado dá
um tempo em seu trago, para uma mulher. O mundo para, de queixo caído, ao ver uma mulher.
Em L'Homme qui
aimait les femmes ( O
homem que amava as mulheres), Bertrand diz que toda vez que olha uma mulher
feia entende que não é possível ter todas. O filme é famoso pelos ângulos de
câmera do diretor francês, cuja devoção pelos sexo feminino fica evidente em várias
entrevistas que concedeu ao longo da carreira. Bertrand, ainda, questiona: “Por
que ter apenas uma, se posso ter todas?” O personagem morreu no final da obra,
por causa de uma dama. Ele estava internado num hospital e entrou uma
enfermeira em seu quarto. Bertand ficou em êxtase, caiu no chão e em seguida
morreu.
Não há a mulher. Há as mulheres.
Bacana seu texto, nos machos com toda certeza adoramos elas, mas são poucos q respeitam ela!
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