Para os corneteiros de
plantão não se esquecerem: o topo da classificação ainda é alvinegro. Mesmo com
a derrota para o Bahia neste domingo (15), em Salvador, o Timão vai continuar
na primeira colocação do Brasileirão, e com uma mão e cinco dedos na tão
sonhada taça. Mas a diferença, que era de dez pontos até ás 19h pode reduzir a
sete, caso o Santos vença o Vitória na próxima segunda-feira (16).
A atuação do Timão
evidenciou bem a dificuldade que o time de Fábio Carille tem de converter
jogadas em gol neste segundo turno. O Bahia, que não tem nada a ver com isso, e
é um anfitrião respeitoso, iniciou a partida tocando a bola de lado, com
paciência, cadenciando o jogo. Na verdade, isso não adiantou praticamente nada –
só suscitou bocejos nos ressaquiados -, porém não serviu para o time baiano
levar nenhum susto.
Exatamente como havia
ocorrido contra o Palmeiras, na rodada anterior, no Pacaembu, a melhor opção
para o Bahia era Edigar Junio, todavia Zé Rafael queria jogo, e o buscava nas
tabelas com Rodrigão, que jogara no Santos, para concluir as tramas do ataque
baiano. O Corinthians, por sua vez, tentava responder com suas manjadas jogadas
pela direita, com o paraguaio Romero.
Na direita, Romero tinha
sérias dificuldades em furar a retaguarda do Bahia. Mas, logo na primeira vez
que resolveu jogar pela esquerda, Guilherme Arana mandou um cruzamento rasteiro
para o centro da área, sem que ninguém empurrasse a pelota às redes. Depois
disso, o Timão chegou a arrumar alguns espaços na defesa adversária.
Do lado baiano, medo era
uma coisa inexistente. As jogadas ofensivas surgiam sempre dos pés de Rodrigão,
quando saia da área e levava para si toda a marcação da zaga corintiana. Com
isso, surgia um buraco ali no miolo da zaga, e a festa era fácil de acontecer
no salão alvinegro. Aliás, aos 23 do primeiro tempo, Zé Rafael quase marcou um
gol, mas Cássio jogou a bola para a linha de fundo.
Pela direita, Romero
finalmente conseguiu encontrar alguns espaços. Foi assim que ele quase criou a
melhor chance do primeiro tempo. A jogada nasceu após cruzamento do paraguaio
na cabeça de Jô, que exigiu boa defesa do arqueiro baiano. Instantes depois, o
comandante corintiano resolveu mudar a equipe, trocando Jadson por Marquinhos
Gabriel. O camisa 10 teve atuação apagada, e o narrador quase não falou o nome
dele na partida.
A ideia de Carille era
deixar o ataque mais solto com a mudança para a equipe conseguir agredir mais o
Bahia. Porém, apenas aos 45 minutos da segunda etapa, surgiu uma oportunidade
de gol na partida, cujo entretenimento era o sono pós-ressaca. Maycon, em
rebote, encheu o pé dentro da área, mas a bola parara no meio do gol, para tranquilidade
de Jean.
Ninguém jogava bem. Na
verdade, a equipe anfitriã viu seu rendimento despencar. O tal Rodrigão jogava
mal, e saiu de campo irritado quando foi substituído, parecendo um craque que
está na lista dos cem melhores do esporte bretão. Recusou-se, ridiculamente, a
cumprimentar o técnico Paulo César Carpegiani.
Para sair um gol, alguém
teria de cometer um erro escabroso. E, por ironia do destino, foi justamente
assim que o Bahia venceu o líder Corinthians. Na defesa alvinegra, o lateral
Fagner tentou girar com a bola dominada, mas acabou sendo desarmado por Edigar
Junio. Vinícius, que pegou a sobra, chutou a pelota para o alto. Bagunçado, o
Corinthians ainda tentou se mandar para o ataque atrás do gol, com Cássio e tudo.
Na sequência, Marquinhos Gabriel errou um passe que armou a jogada para Régis sacramentar
a vitória, e tirar o angustiante zero do marcador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário