Comandados
de Fábio Carrile ampliam vantagem, e estão mais perto do título
Sempre que se viu em
risco o Corinthians contou com o apoio de sua torcida. Neste domingo (5), não
foi diferente. Precisando da vitória para se distanciar do Palmeiras, e pôr
mais três dedos da mão esquerda na taça, o Timão viu a Fiel fazer festa nas
arquibancadas da Arena. E, como em inúmeras outras vezes, o poder do ‘bando de
louco’ mostrou-se eficaz.
Mais de 46 mil
pagantes empurraram a equipe alvinegra parda cima do Palmeiras nesta 32°
rodada. Quando o assoprador de apito decretou fim de jogo, o Corinthians vencia
o rival por 3 a 2. Os gols da partida foram marcados por Romero, Balbuena e Jô.
Mina e Moisés descontaram para os visitantes. Com a vitória, o Corinthians chegou
aos 62 pontos e ganhou um alivio para seguir na briga pelo título.
Agora, a vantagem do
alvinegro chega a seis pontos sobre o Santos, que está na segunda colocação, e
oito diante do Palmeiras, que figura na terceira posição na tabela. Mas o
comandante corintiano, Fábio Carille, crê que o campeonato ainda está em aberto,
e é cedo demais para cantar vitória, já que as equipes que estão atrás do Timão
são rivais.
“Independente do
resultado, o campeonato vai continuar em aberto, não vai definir nada. Se a
gente não vencer, a chance do Palmeiras fica mais clara. Se vencermos, aumenta,
mas nada definido. Se empata, ficamos a cinco pontos. Mais do que matemática, a
vitória dá uma moral ao vencedor”, comentou Carille, antes de a bola rolar.
A torcida, que havia
rompido os dias amorosos com o treinador, de mais um voto de confiança para a equipe e
seus jogadores. Como prova disso, ao final da partida, os torcedores aplaudiram em uníssono o arqueiro
Cássio. Estenderam ainda uma faixa em mosaico em que se lia “Bicampeão
Mundial”. Afinal, para as coisas saírem dentro do esperado, era primordial alfinetar o rival.
O
Jogo
No ano em que Corinthians
e Palmeiras celebram o centenário da maior rivalidade do futebol paulista - e
brasileiro -, o último ato do derby paulista teve um capítulo à altura da
tradição. Logo que o juiz Anderson Daronco deu o ponta pé inicial, o Palmeiras
tomou a iniciativa do jogo. O Corinthians se adaptou ao estilo de jogo do
rival, e deixou-o com o controle do certame. Mas não por muito tempo.
Porque as fragilidades do
alviverde foram expostas, principalmente dos laterais Mayke e Egídio. Aos 27
minutos, Rodriguinho fez boa jogada pela esquerda, livrou-se da marcação e
chutou para o gol. A bola, que ia para fora, foi desviada para o fundo das
redes pelo paraguaio Romero, que estava cinco centímetros à frente da linha da
bola, motivo suficientes para comentaristas chiarem nas mesas redondas.
Minutos depois, outro
paraguaio, Balbuena, ampliou o marcador. Neste momento da partida, o Palmeiras
tinha mais de 60% da posse de bola, mas não sabia onde pô-la. De repente,
também em cobrança de escanteio, Mina cabeceou e reduziu o déficit, o que jogou um banho de água fria no Corinthians.
Todavia, não houve tempo
para que os visitantes pudessem, como diz aquele narrador, “gostar da partida”.
Isso porque aos 36, Edu Dracena cometeu pênalti em Jô, que bateu no cantou
esquerdo de Fernando Prass e fez 3 a 1.
Na etapa final, muito
mais travado, feio e lento que o primeiro ato, o técnico palmeirense tentou
fazer algumas modificações em sua equipe. O Corinthians, em contrapartida,
esperava a oportunidade para encaixar um contra-ataque e liquidar a fatura.
Tenso e nervoso, o rival não conseguia penetrar a área adversária. Final de
jogo. O Timão está quase lá.
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