Porque as férias estão chegando e
nada melhor do que uma breve lista de livros eróticos para aquecer seus dias
ociosos. Ou, por que não?, para abastecer-lhe com um repertório coerente quando
for para o lesco-lesco com a moça. Literatura é a vida combinada, ensinou o
realista Gustave Flaubert, autor de Madame de Bovary.
Chega de blá, blá, blá e vamos ao
que interessa.
Sexus, de Henry Miller – Fenômeno da revolução do amor livre. Leia
a trilogia Crucificação encarnada – Sexus, Nexus e Plexus – e nunca mais, como
diz Xico Sá, você vai tirar a roupa do mesmo jeito. Garanto.
Delta Vênus, de Anais Nin – Se o cara aí acima não funcionar,
encare uma escritora que foi casada com ele. Anais Nin percebeu que Miller
tinha o dom da escrita do cacete, e o colocou no caminho da literatura. Caso se
interesse, há um filme “Delírios Eróticos – Henry e June”, que conta o
relacionamento dos dois, em Paris, no final da década de 1920. A fita foi
baseada no diário pessoal da escritora.
A polaquinha, de Danton Trevisan – Equivocou-se quem sempre achou
que o “Vampiro de Curitiba” manda bem apenas no conto. Neste romance, você vai
se desfazer de sua convicção de que sabe tudo sobre as safadezas de alguém.
Mulheres, de Charles Bukowski – Clássico do dirty old man. Com este
título e o velho safado destilando todo seu dom alcoólico, buceteiro e
literário, não precisa dizer mais nada. E para completar: a tradução é de
Reinaldo Moraes, autor do genial “Pornopopéia”.
Pornopopéia, de Reinaldo Moraes – Tradutor de gente como William
Burroughs, Jean Cocteau e Charles Bukowski, o brazuca Reinaldo Moraes
chacoalhou o puritanismo que rege a literatura brasileira. Num texto lírico,
zoado e instigante, Zeca, o narrador, conta suas bravatas sexuais, repletas de
pó, birita e putaria. Bizarro e indispensável.
Tanto faz, de Reinaldo Moraes – Mais um do Reinaldão. Escrito em
Paris, num período em que o próprio autor estava curtindo uma bolsa de estudos,
Tanto Faz narra peripécias sexuais, alcóolicas e canábicas de Ricardo,
protagonista e uma espécie de alter-ego de Reinaldo. Fundamental.
Bonitinha mas Ordinária ou Otto Lara Resende, de Nelson Rodrigues - sacanagem à brasileira com uma pegada
suburbana. Nelsão é obrigatório em qualquer seleção de sacanagem literária do
planeta.
E você, raro leitor, do que
sentiu falta? Deixe seu comentário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário