Amigo
sofredor, faltam apenas 90 minutos para a Fiel torcida soltar o grito de “é
campeão”. E isso pode acontecer hoje (15), às 21h45, diante do Fluminense, na
Arena, que deve receber mais de 45 mil pessoas. A expectativa é de que a comemoração
do heptacampeonato – sim, o alvinegro levantará a taça, isso é questão de tempo
apenas - se estenda pelas próximas três rodadas que ainda restam para o
campeonato acabar.
Só
os frios números insistiam que estava tudo em aberto no Brasileirão. Mesmo com os
frequentes tropeços no segundo turno, apesar de uma campanha irretocável no início
da competição, dúvidas foram suscitadas acerca da capacidade dos comandados de
Fábio Carille. Mas depois do Derby paulista tudo voltara ao normal. Historicamente,
o Timão ressurge em clássicos. Foi assim na Libertadores, foi assim no
Paulistão nos primeiros meses deste ano, é assim desde 1910.
Para
chegar a situação tão confortável os corintianos superaram inúmeras
adversidades – uma delas foram as análises idiotas de comentaristas nas mesas
redondas. É verdade que o grupo que dispõe Carille não é visto como “top”. Não
há estrela, tampouco craques. Um time mediano, digamos. Tanto que antes de o
Brasileirão iniciar supunha-se que o Timão ficaria na parte de cima da tabela,
mas não iria permanecer o topo, e com vantagem considerável durante boa parte
do torneio.
Você
sabe que a fiel torcida só tem uma frase na ponta da língua neste momento: dinheiro
realmente não compra títulos. Ao contrário da quantia gasta pelo Palmeiras, que
desembolsou junto com a Crefisa R$ 110 milhões, a equipe alvinegra foi bem
moderada em seus gastos. Desde o centroavante até o treinador, o Timão era não
contava com ninguém badalado – no máximo o meia Jadson, e olhe lá. Ainda assim
ele não encheu os olhos do torcedor, pois oscilou demais durante o torneio.
Após
a sequência de derrotas e empates no returno, que serviram apenas para provocar
ilusões nos adversários, o Corinthians esteve lá na ponta da tabela, firme e
forte. Os outros, que gozavam de um cofre generoso, contentaram-se com G-4, G-7
e outras siglas. Inclusive, a massa alvinegra deve lembrar da infeliz colocação
de Renato Gaúcho. Para o treinador gremista, era questão de tempo para a equipe
de Carille despencar na competição, o que não aconteceu, para a tristeza do
gaúcho e furor da Fiel.
O
futebol jogado nestas terras tupiniquins está longe do ideal, é verdade. Há
evidentes dificuldade técnicas, criativas. Treinadores são arrogantes e estão
totalmente presos às amarras da década passada. Nada disso, porém, foi capaz de
tirar o mérito da trajetória alvinegra, nem torna o título menos importante ou
digno de dúvidas e questionamentos baratos. Houve trabalho, dedicação e
inquestionável eficiência dos corintianos, sobretudo em jogos importantes – e que
sejamos respeitados por isso. Que venha
a merecida festa hoje ou nos próximos dias.
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