Amigo corintiano, amigo sofredor, é o seguinte:
a derrota do Timão no último sábado (26) para o Atlético Goianiense suscitou
análises entremeadas pelo óbvio ululante, desculpe titio Nelson, tento não lhe
roubar vocábulos. Com apenas um clique se vê na internet comentários
salientando que o Corinthians precisa ficar com os dois olhos abertos.
Calma. Ora, meus amigos, foi a segunda derrota
do time de Fábio Carille no campeonato! Tudo bem, o outro revés fora contra o
Vitória, em casa. Mas, reconheçamos, nem de longe o Timão está em má
performance. Inclusive, é perfeitamente compreensível um time perder uma ou
outra peleja num campeonato que extenso, de 38 rodadas.
Agora, bradar aos borbotões frases
feitas, numéricas, contra o Corinthians é o esgotamento humano. O alvinegro é
humilde. Time do povo. Em entrevista após o jogo, o atacante Kazim pediu desculpas:
“Sou homem”. Tá bom. A gente sabe. Quem nunca cometeu alguma gafe na vida que
atire a primeira pedra.
Atualmente, paladinos da moral se
espalham em velocidade alucinante pelos quatro cantos do Brasil. Nas redes
sociais, meu caro Umberto Eco, eles estão aos montes, destilando suas meias
verdades sobre as coisas da vida, dá para acreditar?
Aqui na terra há muito samba, futebol e
rock and roll. E, é claro, há também os sábios de mural, aqueles que arrotam
suas premissas petulantes sobre o esporte bretão. Meus amigos, a vida não é fácil
e o futebol, como a representação máxima das angústias humanas, melhor do que
qualquer peça shakespeariana, não poderia, jamais, ser perfeito.
Precisa haver dor, choro, porres,
gritos e xingos. É natural, é um estado de espírito, assim como o grito da
vitória que sai da garganta do torcedor após aquela jogada digna de um quadro
de Caravaggio.
Voltando ao início desta bagunçada
crônica: calma, muita calma, pois o Timão ainda está bem na fita. Abraço. Até a
próxima.
Nenhum comentário:
Postar um comentário