São dois discos, ambos com treze músicas.
Absolutamente incrível, arrisco a dizer que seja o melhor
álbum de rock já produzido.
A temática da obra, assinada intelectualmente por Roger
Waters e musicalmente por David Gilmour, é de cunho extremamente filosófico. O
baixista discorria sobre a alienação.
A própria capa do disco nos diz isto.
Waters, gênio.
Gilmour, igualmente, porém em outro segmento. Um era o
cabeça intelectual. O outro, musical. Gilmour faz falta a Waters e vice e
versa. Um completa o outro.
Em The Dark Side Of the Moon, Waters abordou a corrida do
homem. Alguns arriscam a dizer que o disco é marxista. Contudo, o conteúdo
ideológico é extremamente brilhante. Waters tratou da correria do homem,
enfezada no poder aquisitivo, que tudo pode comprar, como fica explícito em
Money.
E a obra é finalizada com Brain Damage e Eclipse.
Precisa dizer alguma coisa?
Em contrapartida, em Wish You Were Here, a indústria fonográfica
foi o alvo das críticas. Syd Barret, fundador e primeiro guitarrista da banda,
afastado por causa do uso excessivo de LSD, foi homenageado em Shine On You
Crazy Diamond. Porém, é em Have Cigar que a contestação está presente.
Não podemos deixar de lado o maravilhoso solo de Gilmour, em
Have Cigar. Simplesmente uma maravilha do rock. A sua guitarra parecia fazer
parte do seu corpo, tamanha a familiaridade e carinho com ela.
Certa vez, Gilmour disse que sentia dificuldade em tocar
determinadas notas. Não obstante, a escala pentatônica, tem uma bela e
significante amizade com um dos maiores guitarristas da história do rock e da
música. Coisa bela de se ver.
Nas cinco faixas que compõem Animals, Gilmour destacou-se em
Pigs e Dogs. Esta última uma preciosidade artística.
Waters tirou a ideia e a temática de Animals, do livro ‘A
Revolução dos bichos’ de George Orwell. A obra possui uma crítica ferrenha aos
Estados autoritários que vigoraram na Europa no século XX, sobretudo a URSS,
ditadura comunista, comandada por Stalin.
Agora, enfim, chegou The Wall.
O disco praticamente acabou com o Pink Floyd. Após o seu
lançamento, o conjunto ficou sobre o ‘comando’ de Waters. Os músicos pareciam
contratados pelo baixista.
Depois veio The final cut. Ruim. Waters imaginou que faria
novamente um ‘The Wall’.
Mas The Wall é daqueles que ficaram eternizados na história
da arte, porque não saem todos os dias, e nem se é produzido em série.
Nick Mason, Richard Whight, David Gilmour e Roger Waters, estão
com os nomes marcados nos corações, nas mentes, nos ouvidos e nas vitrolas de
muitos amantes deste gênero maluco, chamado rock and roll.
Viva o Pink Floyd!
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