sábado, 27 de setembro de 2014

A alma do homem sob o socialismo - Oscar Wilde

"Não se pode medir um homem pelo que ele faz. Um homem pode seguir a lei e ser desprezível. Pode violar a lei, e no entanto ser justo. Pode ser mau, sem nunca ter feito nada de mau. Pode cometer um pecado contra a sociedade, e no entanto alcançar por meio desse pecado a verdadeira perfeição." Oscar Wilde



Oscar Wilde, o grande romancista inglês, marcou a cultura ocidental no final do século XIX. Com seu jeito elegante e libertador, Wilde escreveu seu nome na história das letras. 

Em A alma do homem sob o socialismo, à luz dos acontecimentos do século XIX, Wilde trata o socialismo como uma opção para a humanidade. Porém, para isso, faz-se necessário, que a individualidade seja mantida. Para o artista qualquer espécie de autoridade e propriedade está na causa de todas as deformações sociais.

“Não há necessidade alguma de separar o monarca da plebe: toda autoridade é igualmente má. Há três espécies de déspota. Há o que tiraniza o corpo. Há o que tiraniza a alma. O primeiro chama-se Príncipe. O segundo chama-se Para. O terceiro chama-se povo.”

Assim como em O retrato de Dorian Gray, em A alma do homem sob o socialismo, nos prendemos na prosa wildiana. Naquele havia a traços filosóficos, envolvendo a estética e a maldade humana. Neste, por sua vez, há uma crítica feroz a sociedade e seus desdobramentos em vários segmentos, incluindo a arte.

Segundo Wilde, o artista deixa de ser artista em prol de um trabalho mais acessível a população. O autor ainda citou os romancistas ingleses, como Dickens, para reforçar a sua crença.

“Uma obra de arte é o resultado singular de um temperamento singular. Sua beleza provém de ser o que o autor é, e nada tem a ver com as outras pessoas querem o que querem”


Oscar Wilde é isto: beleza e elegância, em altas doses em sua prosa libertadora e encantadora. 

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