"Não se pode medir um homem pelo que ele faz. Um homem pode seguir a lei e ser desprezível. Pode violar a lei, e no entanto ser justo. Pode ser mau, sem nunca ter feito nada de mau. Pode cometer um pecado contra a sociedade, e no entanto alcançar por meio desse pecado a verdadeira perfeição." Oscar Wilde
Oscar Wilde, o grande romancista inglês, marcou a cultura
ocidental no final do século XIX. Com seu jeito elegante e libertador, Wilde
escreveu seu nome na história das letras.
Em A alma do homem sob o socialismo, à luz dos acontecimentos do século XIX, Wilde
trata o socialismo como uma opção para a humanidade. Porém, para isso, faz-se
necessário, que a individualidade seja mantida. Para o artista qualquer espécie
de autoridade e propriedade está na causa de todas as deformações sociais.
“Não há necessidade alguma de separar o monarca da plebe:
toda autoridade é igualmente má. Há três espécies de déspota. Há o que tiraniza
o corpo. Há o que tiraniza a alma. O primeiro chama-se Príncipe. O segundo
chama-se Para. O terceiro chama-se povo.”
Assim como em O retrato de Dorian Gray, em A alma do
homem sob o socialismo, nos prendemos na prosa wildiana. Naquele havia a traços
filosóficos, envolvendo a estética e a maldade humana. Neste, por sua vez, há
uma crítica feroz a sociedade e seus desdobramentos em vários segmentos,
incluindo a arte.
Segundo Wilde, o artista deixa de ser artista em prol de um
trabalho mais acessível a população. O autor ainda citou os romancistas
ingleses, como Dickens, para reforçar a sua crença.
“Uma obra de arte é o resultado singular de um temperamento
singular. Sua beleza provém de ser o que o autor é, e nada tem a ver com as
outras pessoas querem o que querem”
Oscar Wilde é isto: beleza e elegância, em altas doses em
sua prosa libertadora e encantadora.
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