Quanto vale uma vida? Quanto vale uma respiração? Quanto
vale os sonhos, angústias e amarguras? Talvez valha pouco. Talvez, muito. Ou,
nada.
Os militares flertavam com esta última opção.
Durante vinte anos (1964-1984), os porões da ditadura
mantinham-se cheios. Eram na sua totalidade presos políticos que questionavam
as forças do regime vigente.
Nestes mesmos porões, houve gritos de desespero. Houve incertezas.
Houve barbáries, cujo nenhum ser humano deve ser submetido sob quaisquer hipóteses.
Mas os generais não pensavam assim. Primavam pela força
exacerbada dos torturadores. Distribuíam à sociedade medo, insegurança e pavor.
E utilizavam mecanismos estratégicos para atirar devaneios irreais.
Ninguém podia fugir dos padrões. Se por ventura o fizesse,
eram tidos como subversivos pelo Estado. A UNE (União Nacional dos Estudantes) sentiu
esta repressão. O congresso que seria realizado em Ibiúna, em 1968, fora cancelado.
O saldo da operação fora milhares de estudantes detidos.
Perguntamo-nos: tais atitudes sádicas, foram devidamente
punidas? E as pessoas que hoje tem de conviver com problemas físicos
acarretados pela tortura. Quem os indenizará? E as mulheres, vitimadas pela truculência
dos militares. Como ficará o psicológico?
São tantos questionamentos. São tantas revoltas. São
tantas críticas. Foram tantas as brutalidades em nome de quê?
Em nome de um falso temor comunista.
BATISMO DE SANGUE
SINOPSE:
São Paulo, fim dos anos 60. O convento dos frades
dominicanos torna-se uma trincheira de resistência à ditadura militar que
governa o Brasil. Movidos por ideais cristãos, os freis Tito (Caio Blat), Betto
(Daniel de Oliveira), Oswaldo (Ângelo Antônio), Fernando (Léo Quintão) e Ivo
(Odilon Esteves) passam a apoiar o grupo guerrilheiro Ação Libertadora
Nacional, comandado por Carlos Marighella (Marku Ribas). Eles logo passam a ser
vigiados pela polícia e posteriormente são presos, passando por terríveis torturas.
ARAGUAYA – CONSPIRAÇÃO DO SILENCIO
SINOPSE:
O exército brasileiro no auge da ideologia da segurança
nacional, um partido de esquerda dissidente, militantes aguerridos (a maioria
deles ainda jovens e inexperientes), inocentes camponeses e uma região onde a
ambição e a miséria disputavam lugar palmo a palmo. É neste cenário que está o
Padre Chico (Stephane Brodt), um religioso francês que chegou à região do
Araguaia no início dos anos 60. A profunda identidade de Padre Chico com as
pessoas da região, associada ao seu sentimento religioso e dúvidas
existenciais, fazem com que o religioso presencie os eventos ligados à formação
da Guerrilha do Araguaia.
Referência:
Adoro Cinema
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