terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

A deusa de um metro e cinquenta e cinco

Essa deusa de um metro e cinquenta e cinco
Que canta maravilhosamente bem
Está enclausurada num muro que criaram
Bem, há nela o suficiente para deixar-me alegre e louco
E eu fico louco em sua presença
Sou possuído por uma vontade de adorá-la e contemplá-la

Nela, sinto a pureza da vida
Ela é dócil
Essa deusa de um metro e cinquenta e cinco
Faz-me rir
E em sua presença
Esqueço que no mundo
Há barbáries e crueldades

Seus olhos de águia
Abençoáveis e admiráveis
Expressam suas inseguranças e medos e receios
Os idiotas cobiçam-na
E eu digo-lhe para afastar-se deles:

“Todo homem é gentil quando está afim de uma mulher”, pondero

Um rio de melancolia
Nasce no fundo de sua retina
Essa deusa de um metro e cinquenta e cinco
É a garota mais estonteante e sensível do universo

Em sua companhia sinto a pureza das coisas
Conto piadas
Só pra vê-la sorrir
Seu sorriso é delicado e leve
E equilibra o universo
Quando ela se entristece
Tenho uma insensata vontade de gritar:
“Ela é incrível, gente”

Essa deusa de um metro e cinquenta e cinco
Chama-se Letícia
E é sensacional

Marcus Vinícius Beck

Nenhum comentário:

Postar um comentário